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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Festival de Cinema de Paraisópolis

Inscrições até 30 de novembro, vamô participá rapa!


A Associação Cultural TÁ NA TEIA realiza o 1º Festival de Cinema Paraisópolis, que tem por objetivo incentivar a produção de vídeos e curtas-metragem independentes realizado de forma coletiva, sem fins comerciais e publicitários. O Festival complementa a iniciativa do coletivo de vídeo popular em São Paulo, e agrega todas as ramificações de iniciativas de vídeos libertários. No dia 12 de Dezembro será realizada a Mostra competitiva. Este ano começamos com um pequeno premio, pois não fechamos grandes parcerias, e com o apoio do VAI, premiaremos o melhor vídeo coletivo com um “laptop”. A Mostra não competitiva será realizada com produções de Vídeo Popular de 13 a 17 de Dezembro, no CEU Paraisópolis. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas por qualquer pessoa, através do site.

http://www.tanatela.org/?p=58

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Audiovisual em pról da expansão da consciência!

Como produzir audiovisual, sendo um morador de periferia sem ser alheio à todas as condições de classe implicitas nos modelos de sociedade que hoje esta posto? E que por sua vez, interferem diretamente no como fazer filme? Me pergunto pois acho muito difícil. E pergunto não como quem pensa que é necessário que se fale mais de favela. Pergunto isso como quem pensa que é necessário que se fale mais de filosofia. No sentido mais amplo da palavra, Amor ao conhecimento.

Assim sendo se fosse transferir isso para um tipo de produção que falta no panorama brasileiro, diria que faltam mais filmes que insitam a reflexão (agora é a hora em que a pessoa que lia o texto desiste de ler e pensa: Putz lá vem ele de novo com essa história de conhecimento). Digo isso pois o contexto é aterrador, um bilhão de filmes sobre conflitos amorosos adolescentes, ação com carros que voam e terror com violência gratuita oriunda da mente insana de um psicopata qualquer. Em contraponto a 3 ou 4 filmes que fazem pensar. Mas pra não divagar demais nas análises evidentes pensemos em alguns fatores históricos que nos trouxeram até aqui.

Após vinte anos de ditadura militar tivemos Fernando Collor como 1º presidente democraticamente eleito que sendo eleito em seus 2 anos iniciais de mandato fez inúmeras burradas, dentre elas o rebaixamento do ministério da cultura para uma simples secretaria, e somado a isso a extinção de vários orgãos de cultura dentre eles a Embrafilmes. O que enforcou muitos dos cineastas que dependiam destes recursos para produzir seus filmes. A boca do lixo* continuou produzindo, mas pouquíssimos viram estes filmes mesmo dentre os intelectuais da época foi pouco divulgado, apesar de hoje serem cultuados nos centros acadêmicos do Brasil e do mundo. Essa é a realidade da maioria da boa produção nacional, boicotada ou pela ditadura ou pelo processo político-econômico do país. Enquanto isso a velha cultura do trabalhador dócil foi sendo cada vez mais solidificada. Aquela idéia de que pobre tem de ser sempre pobre, Pobre não precisa de educação de qualidade, não precisa partilhar do vasto conhecimento histórico produzido pela humanidade. Pra que ter acesso à cinema nesse sentido? Pra que livro? Arte? Pra que? Pra ficar cada vez mais condenado ao trabalho braçal é que não deve ser, não é mesmo?

Compreendi isso tudo de forma muito triste, quando disse pra minha mãe que queria trabalhar com arte e ela na lata respondeu: -Isso nunca vai dar dinheiro! Pois é, mesmo aos meus pais hippies na juventude essa condição era bem objetiva. Afinal o power flower norte americano não tinha o mesmo sognificado numa quebrada de nome Piraporinha onde cresci. O que me fez entender de cedo que os filhos da patroa da minha mãe eram criados para serem meus futuros patrões, ou artistas renomados, ou filósofos, a mim cabia ser um trabalhador ordeiro e correto. Sempre pronto a bater o cartão no horário certo e ter em mente o sonho frágil de uma promoção. Foi aí que comecei a me entender como um produto histórico, foi aí que comecei a perceber quais eram os filmes que eram parte da juventude da minha vó e foi quando conheci a Vera Cruz, Oscarito, Grande Otelo, Carmem Miranda. Personagens de rostos até bem populares, mas sempre em histórias de humor e sátiras pitorescas onde apesar do contexto todos eram felizes e subalternos. Essa é a lógica que muitos ainda vivem em favelas. Educados para o trabalho e viciados pelo entretenimento fácil da Tv, onde tudo é resolvido com um beijo de happy end.

Minha vida mudou quando descobri o significado da palavra rompimento! Foi o rompimento que me permitiu me colocar no lugar de agente capaz de transformar minha vida, agente capaz de produzir arte e conhecimento ainda que oriundo de periferia. Foi o rompimento que me permitiu retomar os saberes que acreditava ter direito. Mas contudo foi também o rompimento que me colocou por vezes avesso ao pensamento subserviente da minha família. que por medo de me ver frustrado como eles não me apoiou como eu gostaria. Foi também o rompimento que me postulou como Boy dentre meus irmãos de quebrada, por defender com enfase a idéia de transformação através da obtenção de conhecimento (como se inteligência fosse coisa de rico).

Porém romper só não basta, é preciso religar-se após o desatrelamento das más influências. Acredito que uma produção audiovisual transformadora é a que nos coloca em conexão com os verdadeiros saberes aqueles advindos do coração. Aqueles que apontam o que podemos fazer de bom e que nos instigam à autonomia. Sem que seja necessário ficar escancarando a ferida e destrinchando os problemas como se não houvesse mais solução. O grande desafio da nova geração do audiovisual (ou melhor, da humanidade) é apontar caminhos, revolucionar as relações e convocar à familia pra resolução coletiva.

Num falei que era difícil?!

Alguém topa a utopia?!



Dedico esse texto à meus irmãos de caminhada: Fernando Solidade Soares, Joyce Izauri e Diego FF. Soares, que toparam essa empreitada comigo.
Não seremos os únicos!

Curso de Direção Cinematográfica Cine Galpão/Catraca livre


A Rede Catraca Livre, com o apoio do Instituto Pinheiro, vai promover um curso gratuito de direção cinematográfica no Cine Galpão em Janeiro e Fevereiro de 2011. Os alunos poderão conhecer as diversas etapas do processo de produção de um filme em aulas teóricas e práticas e desenvolver um projeto audiovisual ao final do curso. Não é necessário ter experiência em produção cinematográfica. A seleção será feita de acordo com o interesse do candidato em realizar projetos audiovisuais. Além da publicação da produção na Rede Catraca Livre, haverá exibição aberta no ultimo dia de aula para participantes e convidados.

Processo Seletivo
A equipe do Cine Galpão, em parceria com a Rede Catraca Livre, vai selecionar um grupo de 15 alunos para o curso a partir das fichas de inscrição enviadas pelos candidatos. Não é necessário ter experiência em produção cinematográfica. A seleção será feita de acordo com o interesse do candidato em realizar projetos audiovisuais e análise de curriculo. Ao fazer a inscrição, o candidato deve estar comprometido com as datas e horários do curso. As inscrições podem ser feitas até o dia 6 de Dezembro.

Mais informações no link:
http://catracalivre.folha.uol.com.br/2010/11/curso-de-direcao-cinematografica-no-cine-galpao/

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

I mostra cultural do Grajaú, transmissão ao vivo na Rede!

Debate sobre organização popular em rede, transmissão ao vivo as 19hs pelos links:
http://orelha.radiolivre.org:8000/status.xsl

ou

http://www.radiolivre.org/

Fiquem a vontade para mandar perguntas para o email:
ncanarede@gmail.com no campo assunto coloquem: Pergunta debate
Coletivo Radiotivo conectando nossas palavras
Hoje 12/11/10, fique ligado!
I Mostra cultural do Grajaú

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Projetando idéias!

Salve povo!

Venho com sorrizo largo dividir com vocês
a alegria de ter ganhado o prêmio "Cidade nas mãos"
do site Catraca Livre.

Fui prêmiado pela realização do vídeo
"Cuidado com o espaço entre o sonho e a realidade"
obra que realizei com um celular ganhado!

Satisfação e gratidão à equipe do catraca livre
e fica a lança: Independente do formato de captação
é possível e necessário que projetemos nossas idéias!

Pra quem ainda não viu segue...


PS: O concurso terá em breve sua segunda edição e parece que
o prêmio será uma vaga para um curso de cinema.

forte abraço

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Apoio a classe teatral e da dança!

Segue na sequência o manifesto feito em pról da permanência e melhoria das leis de fomento à dança e teatro em São Paulo. Fica o sentimento de ampliação dessa política também para o audiovisual popular e demais áreas de arte e cultura desprovidas de recurso.

Que a organização nos leve a grandes conquistas!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

I Mostra Cultural do Grajaú

Salve povo, na semana que vem o Grajaú vai ser palco
de uma semana de ebulições culturais e discussões políticas.
O NCA e os demais coletivos e organizações envolvidas
convidam para essa celebração! Confira a programação:


“O Movimento é Cultural e a Política é Pública.”

Somos grupos, coletivos, artistas, trabalhadores da cultura e moradores do extremo sul da cidade de São Paulo, que acreditam na cultura enquanto um direito humano, e exercem um fazer cultural que foge a um ativismo vazio, mercadológico
e sem propósito, fazemos cultura não só para mostrar nosso talento, mas utilizamos nossas ferramentas de
expressão artística para estabelecer uma comunicação direta e franca com a sociedade, hoje esse distrito
conhecido como Capela do Socorro (que agrupa as regiões Socorro, Cidade Dutra e Grajaú) se encontra em
total descaso com a ineficácia na execução de políticas públicas, não somente com relação a área cultural,
mas também em diversos outros setores, que fazem com que a população sofra com a má administração
pública, hoje nos encontramos sobre a eminência de diversas violências e violações de direitos fundamentais
e inerentes a existência humana.

As manifestações culturais são um retrato do meio social que vivemos, boa parte das nossas ações
são pautadas nas lutas cotidianas travadas pelos habitantes desta região, e aqui reivindicamos uma
mudança deste cenário de desrespeito por parte dos governantes a frente desta administração pública
regional, por vezes fizemos propostas de dialogo com o Estado ou o procuramos para cobrar que façam
seu trabalho, e por vezes fomos ignorados, tratados com truculência e descaso.

Queremos com este manifesto evidenciar uma situação crítica que todos/as conhecemos bem,
acreditando na troca como uma maneira de se colocar no mundo. Entendemos que a autonomia e
a articulação entre os grupos possam promover e consolidar o alcance e a conquista de nossos
objetivos comuns, entre eles: a ocupação efetiva de equipamentos e espaços públicos em nossas
comunidades, a realização de festivais, mostras, palestras, debates, intervenções, troca de
processos, e principalmente, reivindicar políticas públicas eficazes que fomentem a produção
cultural em nossas comunidades.

Por isso essa luta tem que ser de fato democrática, na raiz da palavra, em que o povo tenha
o controle das decisões e uma participação sócio-política.

O Movimento é Cultural e a Política tem que ser Pública!

Assinam este manifesto os grupos:
CEDECA Interlagos (Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente)
NCA-Núcleo de Comunicação Alternativa.
Cia Humbalada de Teatro.
Coletivo Imargem
Coletivo Radioativo
Rede de Comunidade do Extremo Sul de São Paulo.